No Mineirão, o Flamengo jogou como se estivesse no Maracanã, diante de 48 mil torcedores.
Não se impressionou com a natural pressão inicial do Galo e com Guerrero jogando como garção foi muito perigoso que o rival.
Victor fez pelo menos duas grandes defesas, uma delas em cabeçada à queima-roupa do centroavante peruano, para evitar o segundo gol carioca.
Porque, aos 32, em passe de Guerrero pelo alto, Diego arrematou, Victor caiu para defender, mas a bola desviou em Gabriel e morreu na rede: 1 a 0 que botava pressão no Palmeiras.
O Flamengo era o dono do jogo.
O Galo voltou com Luan no lugar de Cazares e a todo vapor ao exigir duas intervenções de Alex Muralha.
Robinho perdeu a chance do empate, Emerson Sheik foi para o jogo no lugar de Gabriel e Erazo acertou a própria trave.
Lucas Pratto substituiu Donizetti, para atacar com tudo, e Marcelo Oliveira ouviu o coro de burro.
Aos 22, Fred empatou em posição duvidosa (mesma linha?), mas não valeu.
Alan Patrick substituiu Fernandinho e Júnior Urso perdeu o empate em seguida.
Até que, aos 35, o ex-atleticano Réver deu uma gravata em Fred na área e Robinho empatou na cobrança do pênalti, para alegria dos palmeirenses.
A ex-dupla do Santos fazia o placar e Clayton entrou no lugar de Otero.
Mas Pratto virou à mineira aos 41, para Guerrero empatar dois minutos depois.
O que era festa mineira virou frustração.
Em Itaquera, a Chapecoense jogou como se estivesse na Arena Condá.
Não poupou ninguém mesmo depois de ter jogado sob um dilúvio e gramado encharcado no meio da semana e com nova batalha, na quarta-feira, contra o San Lorenzo, na Argentina, pelas semifinais da Copa Sul-Americana.
O time catarinense dominou o jogo até por volta de meia hora da partida e o Corinthians só ameaçou no fim, quando Romero deu duas furadas na cara do gol.
A questão que estava posta era a de saber se a Chape suportaria fisicamente o segundo tempo, ainda mais porque o Corinthians treinou durante toda a semana.
No intervalo o Alvinegro perdia seu lugar no G6 porque o Atlético Paranaense vencia o Cruzeiro por 1 a 0 na Arena da Baixada, gol contra do ex-atleticano Manoel.
Depois dele, nos 10 primeiros minutos, o jogo se transformou num perde e ganha irritante, quase restrito à zona central do campo.
Marquinhos Gabriel deu lugar a Lucca e Rildo no de Marlene, mas a Chape seguia tranquila em Itaquera.
Os goleiros viam o jogo, sem trabalhar.
Um horror, principalmente para os donos da casa, porque os visitantes nem se preocupava em fazer alguma substituição.
Mas, aos 27, Gimenez atropelou Rildo na área e Giovanni Augusto fez 1 a 0 de pênalti. Só assim!
Mais de 25 mil torcedores viam o péssimo jogo, mas a permanência corintiana no G6 e Fagner perder o segundo gol.
No fim, Pedro Henrique fez novo pênalti e Bruno Rangel empatou.
Era justo.
O Corinthians está fora do G6.
Os dois empates foram péssimos para três times.
Bom só para Chape.
E ótimo para o Palmeiras.
Por Juca Kfouri - visitem o blog de Juca Kfouri