Faz tempo que o palmeirense vem sentindo o gosto de ser campeão.
Hoje, gritou.
Gritou o grito de 22 anos de jejum, mas que estava pronto na garganta há várias rodadas, porque se as mais de duas décadas foram sofridas, a conquista deste título não foi.
Gritou nem bem o jogo começara, quando o Flamengo fez 1 a 0 no Santos, no Maracanã.
Mas o gol, de Guerrero, era pouco para extravasar.
Porque, aos 25 minutos de jogo, Fabiano fez um golaço, com a ponta da chuteira, por cobertura.
A Chapecoense de branco e verde fazia lealmente seu papel de coadjuvante na festa do Palmeiras campeão de verde e branco.
O Verdão ganhou o título homeopaticamente.
Quando o Brasil acordou, estava verde do Oiapoque ao Chuí.
Claro, não foi a primeira vez, muito ao contrário.
O Palmeiras é o maior ganhador de Campeonatos Brasileiro desde hoje.
O Palmeiras, duas vezes campeão da Taça Brasil, três vezes campeão da Copa do Brasil, ganhou o seu sétimo Campeonato Brasileiro, porque copa não é campeonato, assim como imperador não é presidente, o que não diminui o poder de Dom Pedro 1, então, quando o Brasil era uma monarquia, homem mais poderoso do país.
A CBF, que só faz mal ao futebol brasileiro, fez mais este, ao tentar rever a história por razões meramente políticas.
Aliás, embora conselheiro palmeirense, Marco Polo Del Nero não esteva na Arena Palmeiras, certamente por temer ser chamado do que merece. Ele, como presidente, não tem coragem nem de entregar a taça do campeonato que a CBF organiza.

Melhor para a torcida alviverde, livre de ser tão indesejável.
Melhor ainda que, aos 46 do segundo tempo, Fernando Prass veio para o jogo para delírio de 40.986 torcedores, tanto ao recebê-lo quanto para agradecer a Jaílson, o Paredão Tranquilo.
Mais campeão impossível
Juca Kfouri