Corpo de perito morto por militares da Marinha é retirado do Rio Guandu
g1 RJ
O corpo de Renato Couto, o papiloscopista morto por militares da Marinha, foi localizado na manhã desta segunda-feira (16), três dias após o crime. Parentes o reconheceram ainda às margens do Rio Guandu.
Um cabo, dois sargentos e o pai de um deles foram presos pelo crime.
Aos investigadores, os militares confessaram o crime e relataram ter jogado o corpo do papiloscopista no rio, na altura de Japeri, na Baixada Fluminense.
A polícia afirma que o papiloscopista, que servia ao Instituto de Identificação Félix Pacheco, foi morto após uma discussão em um ferro-velho na Zona Norte do Rio.
Como foi o crime?
O papiloscopista fazia uma obra na Praça da Bandeira e, segundo as investigações, foi vítima de uma sequência de furtos, todos registrados em delegacia. Na sexta de manhã, Renato acabou achando materiais dele no ferro-velho de Lourival e chegou a obter dele uma promessa de ressarcimento pela receptação das peças levadas.
Ao retornar ao ferro-velho, à tarde, Renato foi vítima de uma emboscada armada por Lourival, que chamou o filho, Bruno Santos de Lima, sargento da Marinha, e dois colegas de farda: o cabo Daris Fidelis Motta e o terceiro-sargento Manoel Vitor Silva Soares. Para transportar o cadáver, os suspeitos usaram uma van da força militar.